- Publicado em
- 23/08/2021
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Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57 milhões de pessoas, sofre de pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013, revela que essas enfermidades atingem principalmente o sexo feminino (44,5%).
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. Hipertensão arterial, diabetes, doença crônica de coluna, colesterol elevado (principal fator de risco para as doenças cardiovasculares) e depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras esedentarismo.
A pesquisa revelou que a hipertensão (pressão alta) atinge 31,3 milhões de pessoas acima de 18 anos, o que corresponde a 21,4% da população. Importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, a doença aparece mais no sexo feminino, com prevalência em 24,2% das mulheres e 18,3% dos homens.
Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta. As mulheres (7%), mais uma vez, sofrem mais da doença do que os homens (5,4%) – 5,4 milhões de mulheres contra 3,6 milhões de homens.
A Pesquisa Nacional de Saúde traz, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que afirmam ter recebido um diagnóstico médico de problema crônico de coluna. Atualmente, 27 milhões de adultos no país são acometidos pela doença, o que corresponde a 18,5% da população. Os problemas lombares são os mais comuns e a prevalência também é maior entre as mulheres (21%, ante 15% dos homens).
A doença crônica de coluna está diretamente ligada ao avanço da idade, atingindo 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos, número que aumenta para 26,6% entre as pessoas com 60 anos ou mais.
No caso do colesterol, a PNS identificou que 18,4 milhões de brasileiros com mais de 18 anos apresentam colesterol alto, o que representa 12,5% da população adulta. Já a depressão, distúrbio afetivo que ocasiona alterações no humor, atualmente atinge 11,2 milhões de pessoas com 18 anos ou mais no país. A doença foi diagnosticada em 7,6% da população – sendo que sua prevalência é de 10,9% entre as mulheres e de 3,9% nos homens.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/