É possível armazenar filmes e softwares em DNA

Pesquisadores conseguiram escrever 6 diferentes arquivos em uma molécula de DNA


É possível armazenar filmes e softwares em DNA

Pesquisadores conseguiram escrever seis diferentes arquivos em uma molécula de DNA.

Nada de extensos e caros data centers. O sistema mais eficiente para armazenamento de informações está no corpo de todas as pessoas. O DNA carrega todas as informações do código genético e, basicamente, determina o que somos. Mas as moléculas de DNA podem gravar outras informações, como um filme, sistema operacional, cartão-presente ou qualquer coisa composta por dados.

Pesquisadores do Centro Genoma de Nova Iorque e do Centro de Biologia Computacional e Bioinformática de Columbia conseguiram escrever seis diferentes arquivos em uma molécula de DNA: um sistema operacional, um filme, uma imagem, um estudo científico, um vírus de computador e um cartão-presente da Amazon.

Os pesquisadores mapearam trechos de informações de computador, baseada em binários (0 e 1) em nucleotídeos de DNA. Em seguida, sintetizaram essas moléculas orgânicas em cadeias de DNA e armazenaram em um tubo de ensaio. Para extrair a informação, eles sequenciaram o DNA, processo que já é conhecido por cientistas. O resultado foi uma cópia perfeita dos dados originais.

"Há inúmeras vantagens no DNA. Primeiro, é muito menor do que os meios tradicionais; nós demonstramos que é possível alcançar uma densidade de 215 petabytes por grama de DNA. Segundo, o DNA é duradouro, resiste por mais de 100 anos", explica Yaniv Erlich, um dos coautores do estudo, ao Research Gate. Um petabyte equivale a mil terabytes.

Outra vantagem do DNA é que dificilmente sairá de moda, ao contrário das fitas K7, disquetes ou CDs. Mesmo que a mídia esteja disponível, para reproduzi-la é necessário ter um hardware apropriado. Em poucos anos, será cada vez mais difícil encontrar essas peças fora de um museu.

O DNA, por sua vez, está no mercado há 3 bilhões de anos, "e a humanidade não deverá perder a capacidade de ler essas moléculas", conta Erlich.

Esse sistema deve demorar para ganhar escala comercial. Ao menos até a próxima década, o armazenamento em larga escala de dados digitais em DNA não estará disponível. Mas quando estiver, a adesão será massiva -- e nosso próprio corpo poderá servir de hospedeiro para esses dados.

Via Fast Company

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