Morre maestro italiano Claudio Abbado aos 80 anos

famoso maestro italiano Claudio Abbado, que dirigiu as principais orquestras do mundo, faleceu nesta segunda-feira em Bolonha, no norte da Itália, aos 80 anos.


Morre maestro italiano Claudio Abbado aos 80 anos

Morre maestro italiano Claudio Abbado aos 80 anos

 

O famoso maestro italiano Claudio Abbado, que dirigiu as principais orquestras do mundo, faleceu nesta segunda-feira em Bolonha, no norte da Itália, aos 80 anos.

"Soube há meia hora por seu médico pessoal", declarou à AFP Attilia Giuliani, presidente da associação de fãs de Claudio Abbado, os "Abbadiani", confirmando o falecimento do maestro.

"Claudio Abbado morreu serenamente esta manhã às 08H30 (05H30 de Brasília), rodeado por sua família. As informações sobre seu funeral serão divulgadas mais adiante", disse a família em um breve comunicado.

Abbado, que passou vários anos doente, tinha uma imagem de humanista e democrata, muito longe do estereótipo do diretor de orquestra tirânico.

A orquestra Mozart de Bolonha, dirigida por ele nos últimos anos, havia suspendido seus concertos há dez dias. Em dezembro, o maestro já havia sido substituído na batuta desta orquestra devido ao seu delicado estado de saúde.

Nascido em Milão (norte), Claudio Abbado começou seus estudos em sua cidade natal e completou sua formação com Hans Swarowsky em Viena a partir de 1957.

Começou dirigindo a Scala de Milão em 1960, onde foi aclamado por sua interpretação da ópera de Giacomo Manzoni "Atomtod" em 1965 e três anos mais tarde assumiu a direção do famoso teatro lírico, um cargo que ostentou até 1986.

Abbado, de ideologia esquerdista, ofereceu concertos em fábricas e escolas tentando ampliar o mundo da música clássica. Também realizou centenas de gravações.

Posteriormente, dirigiu a London Symphonic Orchestra, foi diretor da ópera de Viena e, após a morte de Herbert von Karajan, dirigiu a Filarmônica de Berlim.

O maestro se tornou senador vitalício em agosto passado através de uma nomeação do presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, e em dezembro anunciou que renunciava ao seu salário parlamentar para dedicá-lo ao financiamento de bolsas de estudos para jovens músicos.

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